O presidente francês, Nicolas Sarkozy, abriu nesta terça-feira (24) o e-G8, que reuniu as principais personalidades do mundo da internet às vésperas da cúpula do bloco formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia. Sarkozy afirmou que o controle e a regulamentação da rede devem ser impostos pelos Estados, para evitar “anarquia”, e que as grandes companhias da web não vivem em universo moral paralelo. Participam do encontro, realizado na França, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, o fundador da Wikipedia, Jimmy Wales, e o presidente do Google, Eric Schmdit, além de outras personalidades influentes do assunto.
A proteção da infância, a luta contra o terrorismo e a defesa da propriedade intelectual são alguns dos aspectos que, de acordo com Sarkozy, justificam o fato de os governos terem a rede sob seu controle, sem que isso implique em empecilhos à ambição de transformá-la em um "vetor de liberdade". O presidente francês atribuiu um papel fundamental à internet na difusão da liberdade e deu como exemplo as revoluções na Tunísia e no Egito, mas disse que isso não impede que a internet tenha que ter certo controle. Sarkozy afirmou que "os Governos são os únicos representantes legítimos da vontade geral".
"Não deixem que a revolução que lançaram estenda o mal sem impedimentos. Não deixem que se transforme em um instrumento nas mãos dos que querem atentar contra nossa segurança, nossa integridade", afirmou. Convencido de que a rede avançará no mundo todo apesar de "não tem bandeiras nem slogans", o presidente francês assinalou que "a internet pertence a todo o mundo". O presidente francês pediu também uma reflexão para que a rede favoreça a cobrança de direitos autorais de propriedade intelectual e respeite a propriedade intelectual, a fim de que "a web não acabe com a criação".